sábado, 17 de março de 2012

Coleção Fotoetnográfica sobre os Tremembé


A coleção etnográfica Carlos Estevão do Oliveira, do Museu de Pernambuco tem uma série de fotografias do Tremembé de Almofala. Algumas fotos são da década de 40. Vale a pena espiar!
Acesso o site aqui

sexta-feira, 16 de março de 2012

Representante dos Tremembé assume vaga na Câmara dos Vereadores de Itarema

Fonte: UOL Notícias

A liderança indígena Fernando Marciano dos Santos, mais conhecido como Fernando Tremembé, assumiu  hoje, 16 de março, o cargo de Vereador na Câmara Municipal de Itarema. Segundo informações de Raimundo Eudes, outra liderança indígena, o recém empossado, que é filiado ao PMDB, pleiteou uma vaga de vereador nas eleições de 2008, ficando na suplência. 
Fernando Tremembé faz parte da direção da Coordenação das Organizações dos Povos Indígenas do Ceará - COPICE, onde tem uma atuação destacada no movimento indígena estadual, sendo um dos principais interlocutores indígenas junto ao órgão de imprensa.
Com isso, os Tremembé ganham um representante indígena no legislativo municipal.

Desejo boa sorte ao Fernando nesse desafio e espero que esse ano os Tremembé de Itarema consigam uma vaga efetiva na câmara dos vereadores. 

terça-feira, 13 de março de 2012

Assistência Técnica e Extensão Rural para índios é tema de encontro nacional

Foto: Davi Alves / MDA
Começou na manhã desta terça-feira (13), em Brasília, o 1º Seminário de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) Indígena. O evento segue até o dia 15 de março e é realizado pelo Ministério do Desenvolvimento agrário (MDA). Lideranças de comunidades nativas, representantes de entidades associativas e do governo federal participam do encontro.
Dentre os objetivos, está a análise dos serviços de assistência para os índios, as formas de aplicação e as diretrizes que serão adotadas nos próximos anos. A ideia é  contribuir para a Lei Nacional de Ater, reforçando as especificidades culturais. Durante a abertura, os índios presentes fizeram um ritual para atrair boas energias.
“Sabemos dos desafios de articular temas com essa relevância e diversidade. O Brasil deve muito aos povos indígenas. Por isso, é preciso debater sobre suas  necessidades. Vale lembrar que a presidenta Dilma Rousseff sempre reconheceu a prioridade do assunto”, explicou o secretário de Desenvolvimento Territorial do MDA, Jerônimo Rodrigues. Ele ressaltou a importância do Seminário. “Este é um espaço de troca de experiências que pela primeira vez reúne etnias de todas as regiões do Brasil”.
O encontro também visa ampliar a participação das comunidades indígenas no processo de construção do Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural da Agricultura Familiar (Pronater). Outro objetivo do ministério  é fortalecer a Rede Temática de Ater junto aos índios. O resumo das discussões será apresentando por meio do Documento Base da I Conferência Nacional de Ater na Agricultura Familiar (1ª CNATER), que ocorrerá em abril, também em Brasília.
Para o representante da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) Ari Pankará, o evento é uma realização que vem sendo idealizada desde 2007. “É muito importante que as ideias sejam analisadas da base para a cima. Ou seja, é uma oportunidade de dialogar da melhor forma com o governo, mostrando o que é realmente necessário para nós. Creio que seja a união do conhecimento tradicional com o acadêmico, para que possamos ter uma Ater cada vez mais especifica e  fortalecida para os povos indígenas”, argumentou.
Iran Chukuru, da etnia Chukuru, veio de Pernambuco com membros da sua comunidade para acompanhar o seminário. Atualmente, a aldeia em que vivem produz mandioca, hortaliças e algumas frutas, garantindo a segurança alimentar da comunidade. “Queremos que a ATER seja um processo contínuo, auxiliando na produtividade e ao mesmo tempo mantendo nossas tradições. Esta é nossa oportunidade de conversar com o governo e mostrar os benefícios dos serviços de assistência técnica específico para os povos indígenas,”, contou.
O 1º Seminário Nacional de Ater Indígena tem parceria do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), da Coordenação Geral de Promoção ao Etnodesenvolvimento (CGETNO/Funai) e da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). A programação inclui trabalhos em grupo, balanços e perspectivas da Política nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER) e avaliação de projetos e propostas.

A Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater)
Os serviços de Ater são destinados a quilombolas, assentados da reforma agrária, ribeirinhos e agricultores familiares em geral. As equipes de trabalho que atuam no campo são compostas por profissionais de diversas áreas, como engenharia agrônoma e sociologia. Para os indígenas, o MDA vem beneficiando as comunidades desde 2004.
“A gama de responsabilidades da Ater é ampla, priorizando os processos sustentáveis. Por isso, trazemos a assistência técnica junto com a extensão rural. Os técnicos que lidam com os índios precisam saber quais as peculiaridades de cada local e o Seminário nos ajudará a compreender melhor como lidar com elas,  potencializando os serviços”, conluiu a analista em Reforma e Desenvolvimento Agrário do MDA, Silvia Ferrari.

Serviço:
1º Seminário Nacional de Ater Indígena
Data: 13 a 15 de março de 2012
Local: Centro de Convenções Israel Pinheiro, Brasília/DF
Horário: de 8h30 às 18h

quarta-feira, 7 de março de 2012

Representante indígena de Acaraú na Conferência Estadual de ATER

Os Tremembé de Acaraú terão um representante indígena na Conferência Estadual de ATER em Fortaleza, dias 15 e 16 de março. A liderança Cleiciano Tremembé, da aldeia Queimadas, é o representante indígena do Território Litoral Extremo Oeste.
Segue abaixo a relação dos delegados que irão para a CNATER.



terça-feira, 6 de março de 2012

Funai reconhece áreas indígenas

Saiu na edição de ontem, 06/03/2012 do jornal O Povo


A Funai liberou relatório com estudos sobre as terras dos Tremembés de Queimadas, em Acaraú, e Tremembés de São José e Buriti, em Itapipoca. A primeira área abrange um total de 815 hectares, enquanto a outra área corresponde a 2.800 hectares. Os relatórios confirmam que as terras são indígenas. Falta agora a demarcação delas, segundo o presidente da Coordenadoria de Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas e Espírito Santo, o cearense Dourado Tapeba. A Funai deu prazo de 120 dias para contestações, mas Dourado está confiante e prepara comissão para ir a Brasília pressionar pelo reconhecimento. Por falar em indígenas, a Comunidade dos Tapebas aguarda há 30 anos por demarcação de suas terras.

Ver a matéria no link: http://www.opovo.com.br/app/colunas/vertical/2012/03/06/noticiasvertical,2796267/funai-reconhece-areas-indigenas.shtml