quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A Presença Indígena no Nordeste: processos de territorialização, modos de reconhecimento e regimes de memória

Divulgando...


Debate e lançamento do livro A Presença Indígena no Nordeste: processos de territorialização, modos de reconhecimento e regimes de memória. João Pacheco de Oliveira (organizador). Rio de Janeiro, Contra Capa, 2011, 714 pgs.
Debatedores: João Pacheco de Oliveira, Edmundo Pereira, Carlos Guilherme Valle, Fátima Lopes e Lígio Maia.

Dia 30 de novembro, 19:00, no auditório D (antigo Consecão) - CCHLA - UFRN




Neste livro, o uso do termo “Nordeste” se refere não a uma noção de região no sentido geográfico, e sim a uma unidade virtual do ponto de vista da ação política dos indígenas. Embora as articulações mais comuns ocorram no âmbito de seus estados e envolvam políticas assistenciais (educação, saúde etc.), há importantes demandas e negociações que, de fato, se dão em Brasília e com organismos federais, passando pelo apoio e o assessoramento da organização indígena regional (apoinme). Além disso, esse uso decorre de outra razão, de natureza histórica: os povos indígenas aqui considerados foram aqueles que sofreram o primeiro impacto da colonização, de início na faixa atlântica (século XVI) e logo a seguir nos sertões interiores (XVII e XVIII). Contrapunham-se ao açúcar e às tropas de gado, dois sistemas econômicos que geraram a apropriação dos territórios até então ocupados por esses povos e a sua submissão a novas relações de trabalho, razão pela qual seus modos futuros de organização, suas tradições específicas e sua forma de se autorrepresentarem não poderiam deixar de ser afetados.
João Pacheco de Oliveira


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