Mostrando postagens com marcador DRP Queimadas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador DRP Queimadas. Mostrar todas as postagens

domingo, 31 de março de 2013

Diagnóstico Rural Participativo - DRP Tremembé

Árvore de Problemas em Telhas

Árvore de Problemas em Queimadas

Como a postagem sobre os diagnósticos rurais é uma das mais acessadas no blog, até hoje (31/03) foram exatamente 1.084 visualizações, e devido á procura dos leitores, sobretudo, através dos mecanismos de busca do Google, resolvi disponibilizar os arquivos com os DRP's de Telhas e Queimadas de maneira mais fácil de ser baixada para quem tiver interesse de ler o conteúdo dos documentos.

É necessário, porém, o entendimento de que todo documento é contextualizado historicamente. Realizamos esse trabalho, eu e Tiago, em fevereiro de 2010, portanto, há mais três anos. De lá pra cá muita coisa mudou, e a expectativa era justamente esta: que os DRP's pudessem orientar as ações das instituições parceiras dos índios no que diz respeito às questões socioeconômicas, produtivas, políticas e ambientais. 

Entretanto, o valor histórico da publicação permanece, servindo como um parâmetro de comparação do passado (bem próximo) com o atual momento.
Os arquivos estão agora disponibilizados no Google Drive, livre para quiser baixar. Aqui estão os links:



quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A Importância do Diagnóstico Rural Participativo - DRP para as aldeias Tremembé de Acaraú


Diagrama de Venn




O documento que apresentamos neste blog é o resultado das informações obtidas a partir do Diagnóstico Rural Participativo – DRP realizado pelos técnicos do Instituto Carnaúba e do CRAS nas aldeias Tremembé de Queimadas e Telhas, município de Acaraú, no início do  ano de 2010. O objetivo de publicarmos este documento, é mostrar a importância estratégica do DRP e das metodologias participativas para o diagnóstico, planejamento e ação racional e organizada para a solução dos problemas das comunidades, objetivando a construção de modelos mais sustentáveis de produção econômica e de qualidade de vida para populações indígenas. Além disso, o DRP realizado nas aldeias Tremembé de Acaraú tem contribuído para pautar as ações e projetos desenvolvidos nas duas aldeias por diversas instituições parceiras, corroborando o que foi diagnosticado pelas próprias comunidades indígenas.

No caso específico dos Tremembé de Acaraú, através de dinâmicas, formação de grupos e dos posicionamentos colocados durante o processo de mobilização, foi possível identificar as prioridades das comunidades, bem como a importância e a participação efetiva de algumas instituições apontadas pelos participantes. Além disso, foi pontuado também os fatores que dificultam o desenvolvimento das aldeias, sejam eles internos ou externos.

Segundo Miguel Verdejo, o Diagnóstico Rural Participativo (DRP) é um conjunto de técnicas e ferramentas que permite que as comunidades façam o seu próprio diagnóstico e a partir daí comecem a autogerenciar o seu planejamento e desenvolvimento. Desta maneira, os participantes poderão compartilhar experiências e analisar os seus conhecimentos, a fim de melhorar as suas habilidades de planejamento e ação.

Além do objetivo de impulsionar a auto-análise e a autodeterminação de grupos comunitários, o propósito do DRP é a obtenção direta de informação primária ou de "campo" na comunidade. Esta é conseguida por meio de grupos representativos de seus membros, até chegar a um autodiagnóstico sobre o estado dos seus recursos naturais, sua situação econômica e social e outros aspectos importantes para a comunidade.

Veja aqui o DRP da Aldeia Queimadas

Veja aqui o DRP da Aldeia Telhas

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Produtores Indígenas de Queimadas investem no cultivo de produtos agroecológicos




Algumas famílias de Queimadas estão investindo no cultivo hortaliças e frutas de base agroecológica. Tudo começou há pouco mais de dez meses, após a participação dos agricultores no curso de Agroecologia, conforme citamos na postagem anterior. Ao longo desse tempo, eles tiveram acompanhamento do técnico Tiago Silva, do Instituto Carnaúba que vem orientando e dando suporte aos indígenas.
Outro fator de sucesso tem sido o caráter solidário do trabalho desenvolvido pelo grupo, trabalhando de forma coletiva. Em menos de um ano, os olericultores indígenas possuem dezenas de canteiros produzindo cheiro verde, tomate, pimentão, pimenta de cheiro, alface, couve-manteiga e cenoura. Junto com os canteiros de hortaliças, o grupo vem plantando diversas espécies frutíferas como banana, caju e mamão.


Canteiros de coentro margeados por cajueiros

Bananeiras: além de produzir frutas, servem como quebra-vento
 
Além da área de hortaliças, foram plantadas nos últimos meses, mais de 1.000 mudas de árvores frutíferas e espécies nativas. O objetivo do plantio das mudas, tem não somente a finalidade produtiva, econômica, mas também de recuperar a mata nativa que foi parcialmente destruída para a construção do Perímetro Irrigado. Enquanto as árvores estão pequenas, são cultivados feijão, milho, macaxeira e batata doce. Desta forma, a proposta sugerida pela equipe técnica que acompanha a comunidade indígena e que foi colocada em prática pelos indígenas é a de Sistemas Agroflorestais – SAF’s, onde juntamente com a atividade agrícola, são conservadas e plantadas novas árvores.

Implantando o SAF: área onde foram plantadas centenas de árvores junto com feijão, milho e macaxeira

Viveiro onde são produzidas mudas de várias espécies
Além disso, outra preocupação do grupo é a de recuperação da mata ciliar do Córrego do Amargoso, que passa dentro da Terra Indígena. Neste sentido, foram plantadas dezenas de árvores como carnaúba, oiticica, juazeiro e sabiá. Apesar das pouquíssimas chuvas do último inverno, as espécies continuam vivas. Espera-se que dentro de alguns anos, com a recuperação da mata ciliar, o córrego possa armazenar água por mais tempo durante o período seco.

Córrego do Amargoso no verão